Nintendo Switch: o que a imprensa internacional está achando do console?

Com lançamento previsto para o dia 3 de março, o Nintendo Switch já está sendo desfrutado por boa parte da mídia especializada estrangeira. Enquanto no Brasil a falta de uma presença oficial da companhia determina que ainda teremos que esperar para tê-lo em mãos, lá fora diversos veículos já começaram a publicar suas opiniões sobre o aparelho. Embora as opiniões sobre o aparelho sejam díspares em alguns sentidos, há certo consenso sobre muitas de suas características. Assim, reunimos algumas das primeiras impressões publicadas por veículos como Polygon, Engadget e Kotaku — entre outros — para você já ter um gostinho do que vem por aí. O TecMundo Games já está atrás de métodos de conseguir o console o quanto antes, mas ainda não temos uma data para isso acontecer. Assim que tivermos o aparelho em mãos, vamos preparar um material completo que inclui análises, unboxing, gameplays de seus jogos e muito mais. Tamanho e construção Algo que os críticos concordam é que, enquanto o Switch pode ser considerado um pouco largo para um portátil, ele é sem dúvida bastante compacto para uma plataforma de mesa. A comparação mais direta é com um tablet de 7 polegadas, embora a plataforma da Nintendo tenha bordas laterais mais finas (e uma espessura maior) do que produtos dessa categoria. A Polygon elogiou o design industrial do aparelho, dizendo que a qualidade de construção é uma das melhores da história da empresa. “Dado que o Switch faz a função dupla de portátil com uma tela e um console funcional, o fato de ele funcionar bem em ambas as configurações — a maior parte do tempo — é um feito”, afirmou o redator Arthur Gies. O Engadget elogiou a construção dos botões, mas afirma que o pequeno suporte traseiro do console não traz muita segurança. Algo em que todos os veículos parecem concordar é que a tela do aparelho, embora tenha resolução menor que a de muitos tablets, tem bons níveis de clareza e brilho — no entanto, eles parecem discordar quanto à sua reflexibilidade: alguns afirmam que ela é ótima, enquanto alguns consideraram impossível jogar em locais bem iluminados. Controles Os Joy-Cons geraram impressões distintas entre quem já conseguiu colocar as mãos no Switch. Se por um lado o Ars Technica afirmou que a maneira mais divertida de jogar é com eles soltos da base fornecida pela Nintendo, há quem não se sinta tão confortável com isso — especialmente quando levamos em consideração os problemas de conectividade testemunhados por algumas pessoas. “Dito isso, os controles extremamente finos e pequenos dos Joy-Cons podem não oferecer uma pegada segura quando não estão conectados a um grip ou ao sistema em si”, afirmou o redator Kyle Orland. Segundo ele, o principal problema nesse caso é conseguir usar os botões superiores do controle devido à maneira como ele deve ser segurado. os Joy-Cons são tão leves que você vai praticamente esquecer que eles estão ali “Não é algo exatamente desconfortável — os Joy-Cons são tão leves que você vai praticamente esquecer que eles estão ali —, mas eles ainda parecem um pouco estranhos”, afirmou. “Os analógicos (clicáveis) parecem bem melhores do que os do Wii U. Eles são menores, o que pode ser um problema para algumas pessoas, mas eles também são mais baixos e rígidos do que qualquer outro controle que a Nintendo tenha feito antes”, afirma Aaron Souppouris, do Engadget. “Cada Joy-Con desliza do tablet de maneira suave (é muito satisfatório e faz com que eu me preocupe se vou fazer isso randomicamente todo o tempo porque sou estranho desse jeito). Assim que eles estão fora, você pode deslizá-los em um encaixe de plástico chamado Joy-Con Grip ou usá-los individualmente”, explica Souppouris. A opinião geral é que os controles do Switch podem não agradar a todos e que, no geral, o Pro Controller é a opção mais recomendada para quem deseja ter a melhor experiência possível. “A localização dos direcionais e o posicionamento de botões são muito mais adaptados às sensibilidades dos controles atuais, e os analógicos são um pouco mais altos e oferecem uma maior liberdade de movimentos”, afirma a Polygon. Software e bateria Um ponto no qual as primeiras impressões sobre o Switch concordam é que a interface do console é bastante rápida. Apostando em um visual minimalista, ela fornece acesso rápido a notícias sobre o console, à eShop (assim que os servidores forem ao ar) e ao último game acessado pelo jogador. A escolha por cartuchos como mídia continua polêmica, mas ela traz como vantagem não ter que precisar instalar nenhum jogo. “Eu riria no quão revelatório parece colocar um cartucho de jogo e poder jogar instantaneamente, sem instalação, se eu não quisesse protestar contra o cenário de consoles moderno. Trazer o menu de home dentro de um game é instantâneo e não há latência ao navegar pelas configurações”, afirma Gies, da Polygon. Já no campo da bateria, a duração pode variar entre 3 a 6 horas dependendo da maneira como o console é usado. Em Breath of the Wild(único game disponível para análise no momento), a a jogatina dura somente o limite mínimo — um tempo bom para quem está jogando no sofá, mas péssimo para quem está fora de casa. A recomendação é que aqueles que desejam tratar o gadget como um portátil devem investir também em um bom Power bank. Compatível com qualquer cabo USB do Tipo C, o Switch pode ser carregado de maneira semelhante ao que acontece com um tablet ou smartphone moderno — no entanto, seus controles (com 20 horas de uso) só são carregados quando o console está conectado à base. Nada de funções online (ainda) Ainda é cedo para dizer se as funções online prometidas pela Nintendo vão funcionar conforme o esperado. Os servidores do console só devem entrar em ação nos próximos dias e será preciso esperar por um patch de Dia 1 para habilitá-las — só esperamos que ele não seja tão problemático ou demorado para instalar quanto o do Wii U foi em sua época. Agradável, mas não revolucionário Ao menos em um momento inicial, o Switch gerou boas impressões entre quem pode testá-lo — embora um ou outro ponto seja merecedor de críticas. A impressão que o console deixou em muitos é que ele não se trata de algo revolucionário, mas sim a Nintendo conseguindo acertar em pontos nos quais ela falhou com o Wii U. é difícil ver como a Nintendo poderia equilibrar vida de bateria, poder e ergonomia de maneira melhor “É um console que você pode jogar na sala, quarto ou em praticamente qualquer lugar. As pessoas podem apontar a falta de gráficos de ponta, mas, em 2017, é difícil ver como a Nintendo poderia equilibrar vida de bateria, poder e ergonomia de maneira melhor”, afirma o Engadget. “Além disso, se ela tratar esse console como seus portáteis nos últimos anos, vamos ter uma iteração mais rápida, fina e com bateria mais resistente em um futuro breve”, complementa.

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