Greve de caminhoneiros entra no 10º dia; forças de segurança fazem ação contra manifestantes, mas protestos seguem


Há atos em 17 estados e um caminhão foi apedrejado ao tentar passar por rodovia em SP. Abastecimento de combustível começou a voltar ao normal em algumas cidades do país, porém ainda há filas; Centros de distribuição de alimentos também já recebem itens. Caminhoneiros continuam fazendo protestos em rodovias do país nesta quarta-feira (30), o 10º dia da greve. Há atos em pelo menos 17 estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e São Paulo. Em alguns estados, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e as Forças Armadas desbloquearam trechos ocupados por caminhoneiros, como Pernambuco, Paraíba, Mato Grosso, Paraná, Roraima e São Paulo. Na Rodovia Dutra, entre as cidades de Jacareí e Taubaté e também em Santa Isabel, no interior paulista, os policiais impedem que caminhões que queiram passar pelos bloqueios sejam barrados e também escoltam os que desejam abandonar o movimento. Na Régis Bittencourt, não há mais caminhões parados no acostamento em protesto no km 280, em Embu das Artes. Os poucos que permanecem parados são os que têm algum problema mecânicos, diz o Exército. No Rio de Janeiro, caminhões começaram a deixar ponto de concentração em Seropédica. Já no Rio Grande do Norte, caminhoneiros ainda estão sendo impedidos de transitar pela BR-101, em Parnamirim, cidade da Grande Natal. No Ceará, usuários das rodovias relatam bloqueios nas BRs 226, 222 e 020. Manifestantes estacionados às margens da rodovia estadual CE 155 não interditam vias, mas barram a saída de cargas do Porto do Pecém. Para-brisas foi atingido pelas pedras (Foto: Reprodução/TV TEM) Para-brisas foi atingido pelas pedras (Foto: Reprodução/TV TEM) Para-brisas foi atingido pelas pedras (Foto: Reprodução/TV TEM) Um caminhoneiro teve o veículo apedrejado ao tentar passar pela Rodovia Marechal Rondon em Agudos, no interior de São Paulo, nesta manhã, segundo a Polícia Rodoviária. O caminhão transportava alimentos para uma fábrica de refrigerantes em Bauru e o ajudante do motorista ficou ferido. Na terça, um caminhoneiro foi agredido em Tocantins após furar um bloqueio na BR-153, em Miranorte. Em Goiás, um grupo impediu a população de abastecer em um posto de gasolina em Mineiros e houve confusão. O abastecimento de combustível começou a voltar ao normal em algumas cidades do país. Em Salvador, motoristas quase não encontram mais filas para abastecer. Em outras capitais, como Florianópolis e Recife, ainda há muita espera para chegar até a bomba de combustível. Em Porto Alegre, o tamanho das filas já era menor no início da manhã. No Rio de Janeiro, as distribuidoras estão trabalhando normalmente, sem escolta ou comboio militar. Cerca de 15% dos postos da cidade do Rio foram atendidos na terça, mas a maioria já secou. A situação só deve voltar ao normal após o feriado. Em São Paulo, 12% dos postos receberam combustível ontem. Em São José do Rio Preto (SP), caminhões-tanque estão entrando e saindo sem escolta policial da central de distribuição de combustíveis. Nesta terça (29), o presidente Michel Temer afirmou que pode reexaminar a política de preços da Petrobras. Os frequentes e até diários reajustes nos preços dos combustíveis, decorrentes dessa política, estiveram entre os principais fatores que motivaram a greve dos caminhoneiros. Desde julho do ano passado, a Petrobras promove os reajustes com base na variação do dólar e dos preços do petróleo no mercado internacional. A oferta de transporte público também continua dando sinais de melhora; veja abaixo. Transporte público Rio de Janeiro: BRT opera normalmente e ônibus comuns rodaram com 71% da frota. São Paulo: 69% da frota circulava às 7h30. Rio Grande do Sul: frota de ônibus circula normalmente só nos horários de pico. Mato Grosso: 80% da frota circula em Cuiabá e Várzea Grande. Minas Gerais: ônibus operam normalmente. Goiás: 60% da frota circula na Grande Goiânia. Alimentos No Rio de Janeiro, a oferta de hortaliças está se normalizando, mas alguns legumes, como batatas e cenouras, ainda são raros. Nas grandes redes de supermercado do Rio Grande do Norte ainda faltam frutas e verduras. A Ceasa de Campinas opera com 40% do abastecimento nesta quarta, mas na terça era apenas 5% da capacidade total. Os preços, no entanto, continuam bem altos. A caixa de 20kg de tomate foi de R$ 60 para R$ 120 e um saco de 50 kg de batata está sendo vendida a R$ 400. Na Bahia, a Ceasa também voltou a ser reabastecida, porém os preços seguem acima do comercializado normalmente. Já no Ceará, três caminhões conseguiram chegar à Ceasa nesta manhã, mas são as primeiras entregas desde a semana passada. Um comboio de 10 caminhões com óleo de soja e café saíram nesta madrugada de Maringá com destino a Curitiba. Veja a situação detalhada em cada estado: Alagoas Bahia Ceará Espírito Santo Goiás Mato Grosso do Sul Minas Gerais Pará Paraíba Paraná Pernambuco Piauí Rio Grande do Norte Rio Grande do Sul Rio de Janeiro Rondônia Roraima Santa Catarina São Paulo

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