Rivais históricos se chocam no Rio de Janeiro

Rivais históricos se chocam no Rio de Janeiro Maior do que jogadores, maior do que times: MSI é o embate entre regiões. Mais do que times, no palco do MSI regiões inteiras se chocam. Sobre cada jogador está o peso de ser o representante de todo um povo, representando uma legião de seguidores que torcem em uníssono. Na Fase de Entrada, disputada em São Paulo, algumas rivalidades intensas explodiram entre os times das regiões emergentes. Agora, no Rio de Janeiro, as tensões só aumentam. Há muita história em jogo. Perder já é ruim por si só. Ser derrotado por um de seus arquirrivais é inaceitável. Team WE (China) vs (Coreia do Sul) SKT T1 O MSI é o único evento internacional no qual a Coreia do Sul tem sua supremacia contestada, e é justamente pela China. Esta rivalidade envolve as duas regiões mais poderosas do mundo e tem sua origem em 2012, quando as regiões se enfrentaram na Fase de Grupos do Mundial. Entretanto, ela só se intensificou no ano seguinte, quando a SK Telecom T1 superou a equipe chinesa Royal Club na Grande Final do Campeonato Mundial. Era o primeiro título relevante conquistado pela Coreia do Sul, que veio a se estabelecer como a região mais proeminente do League of Legends mundial. A China, enquanto isso, crescia sempre à sombra da Coreia, e o ápice desta tensão ocorreu após o Mundial 2014 (vencido por um time coreano sobre um chinês), quando o cenário chinês - extremamente rico - importou alguns dos melhores jogadores do mundo, em um movimento que ficou conhecido como “êxodo coreano”. As expectativas eram tão altas quanto possível para o Mundial 2015, sobretudo após o triunfo da China (EDG) sobre a Coreia do Sul (SKT) no MSI daquele mesmo ano. Apesar de ter vencido o MSI 2015 sobre a SKT, a China falhou no Mundial do mesmo ano. E, chegado o momento decisivo, o League of Legends chinês foi massacrado. Uma das favoritas ao título de 2015, a equipe mista chinesa-coreana LGD sequer passou da Fase de Grupos, e o mesmo aconteceu com a Invictus Gaming. A EDG, representante chinês que chegou mais longe na competição, foi derrotado nas quartas-de-final. No ano seguinte, 2016, a China teve uma campanha aquém do esperado no MSI, terminando em 3-4º lugar, e no Mundial foi ainda pior, ficando entre 5 e 8º. Enquanto isso, a Coreia do Sul faturava títulos, já sendo quatro Mundiais e um MSI, enquanto a China amarga somente um MSI. Em 2017, o processo inverso ao “êxodo” começou a acontecer, com jogadores coreanos deixando a China e havendo equipes na LPL formadas exclusivamente por jogadores chineses. “Temos uma chance de vencer, mas é bem pequena. Precisamos nos tornar um time melhor antes de termos uma chance maior de vitória.”, afirmou Condi, campeão da LPL com a equipe mista da Team WE, sobre as chances de a equipe vencer a SKT no MSI. Mundial de 2014 foi o ponto de partida para o êxodo coreano. Agora, movimento se dilui. LoLeSports BR: Você ainda vê as equipes chinesas dependentes de sul-coreanos para irem bem? Condi, Caçador da WE: Agora os times chineses estão menos dependentes de jogadores sul-coreanos, e mesmo que a maioria das escalações ainda tenham esses jogadores, são os chineses que são os destaques. São eles que controlam o ritmo do jogo, que lideram o time. Uma menor dependência de coreanos é benéfica para os jogadores chineses. Com dois sul-coreanos, a chinesa Team WE enfrenta a atual campeã mundial SKT na próxima quinta (11), fechando o segundo dia da Fase de Grupos do MSI. G2 Esports (Europa) vs (América do Norte) Team SoloMid Cartaz feito por um torcedor europeu é comumente visto (invertido) na plateia norte-americana. A disputa existente entre Europa e América do Norte é, talvez, a mais antiga da história do League of Legends, a nível global, e uma das que mais levam os fãs a discussões acaloradas. Independente do momento vivido pelas regiões, é impossível encontrar um torcedor europeu que admita uma melhor fase hipotética vivida pelo League of Legends norte-americano. E vice-versa. O conflito vem desde o primeiro Campeonato Mundial, realizado em 2011 e que sagrou a europeia Fnatic como campeã. Nesta oportunidade, a vice-colocada Against All Authority também era uma organização europeia. O time norte-americano que se saiu melhor na competição, Team SoloMid, ficou apenas em terceiro lugar. Com a instauração das ligas espelhadas LCS, em 2013, a disputa só aumentou. Desde então foram inúmeros confrontos entre times das LCSs EU e NA no palco internacional. Apesar de o único título internacional relevante que qualquer das duas regiões possua é o primeiro Campeonato Mundial (para a Europa), um ponto de embate é quão longe as equipes chegam nas competições internacionais. E nisto o League of Legends europeu leva vantagem recente. Classificação norte-americana à Fase de Grupos foi suada: de virada (3x2) sobre a Marines. Prova disso foi a classificação automática do representante europeu (G2) para a Fase de Grupos do Rio de Janeiro, enquanto o time norte-americano (TSM) precisou disputar a Fase de Entrada, sofrendo para vencer a Gigabytes Marines. Os dados levados em conta para a realização dos rankings consideram o desempenho dos últimos dois anos em MSI e Mundial. Mithy, suporte da G2, comparou o histórico recente entre EU e NA. LoLeSports BR: Vocês sentem que as expectativas para os times da Europa são maiores do que para os da América do Norte? Mithy: É meio que normal se você olhar para o fato de que o NA não conquistou muito mais do que o segundo lugar da CLG no MSI do ano passado. Eles não conseguem chegar longe no Mundial há muito tempo. LoLeSports BR: Para mim é engraçado porque nem a Europa nem a América do Norte conseguiram bons resultados, mas as pessoas falam mais da Europa. Também sente isso? Mithy: Sim… mas parece que a Europa sempre foi a melhor região entre as duas, desde o começo. Olhe para a Moscow 5, para a CLG EU. Esses times sempre atuaram melhor (do que os times norte-americanos). Então teve a Fnatic, que chegou à semifinal do Mundial em 2013 enquanto os times do NA não saíram da Fase de Grupos. Já em 2015, duas equipes europeias chegaram às semifinais do Mundial. No ano seguinte, um time da Europa chegou às semifinais, enquanto a América não chegou mais longe do que as quartas-de-final. Então sim, acho que seja normal que as expectativas sejam que os times europeus cheguem mais longe nos torneios internacionais do que os americanos. A Fase de Grupos do MSI chocará EU e NA a partir do dia 12/05 com o confronto entre G2 e TSM. Flash Wolves (Taiwan) vs (Coreia do Sul) SKT T1 Apesar de os holofotes se virarem para Flash Wolves e SKT quando se pensa sobre os grandes expoentes de Taiwan e Coreia do Sul, respectivamente, a rivalidade entre estas duas regiões teve dois protagonistas diferentes: Taipei Assassins e Azubu Frost. As equipes fizeram a Grande Final do Mundial de 2012, vencido pela TPA. No ano seguinte, o troco: a SK Telecom T1 eliminou a taiwanesa Gamania Bears (que contava com Maple e Sword Art e Steak, todos da Flash Wolves hoje) nas quartas-de-final da competição. No Mundial de 2014, mais um triunfo da Coreia do Sul, quando a Samsung White venceu por duas vezes a ahq na Fase de Grupos. Nos dois anos subsequentes, vitórias pontuais da Flash Wolves em jogos únicos sobre a SKT deram ao time de Taiwan o status de kriptonita coreana. Entretanto, faltou à equipe de Maple resultados mais sólidos em séries longas. O Meio comentou este ponto. LoLeSports BR: A Flash Wolves é vista como os matadores de coreanos. Como você enxerga esse status agora? Ainda é correto chamá-la dessa forma? Maple: Depende do nosso nível atualmente. Não diria que somos os matadores de coreanos, nós só jogamos muito bem quando jogamos contra eles. LoLeSports BR: E qual o motivo para estes resultados contra os coreanos? Maple: Quando vamos jogar contra a SKT, sabemos que eles são super fortes, então na verdade entramos no jogo mais relaxados. Falamos uns aos outros: “relaxem, divirtam-se e façam o seu melhor.” Nossa mentalidade é diferente. LoLeSports BR: Vocês (Flash Wolves) nunca enfrentaram um time coreano fora do formato MD1, então há sempre o dilema: sempre vencem dos coreanos, mas apenas nas MD1. Quão ansioso você está para enfrentar a SKT em uma MD5? Maple: A LMS é conhecida por sua fraqueza em melhores-de-cinco, mas acredito que tenhamos melhorado na adaptação existente em uma série MD5, especialmente na fase de picks e bans, sendo capazes de fazer as mudanças certas para cada jogo. Conseguirão de fato superar o “deus do League of Legends”? LMS e LCK entram em choque pela primeira vez em 2017 na próxima sexta (12), sendo Flash Wolves e SKT o segundo jogo do dia.

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